
O presidente do Sindicato dos Vigilantes de Petrópolis e região, Adriano Linhares, participou da reunião compondo a comitiva do Estado do Rio de Janeiro junto a Confederação Nacional dos Vigilantes – CNTV. Dirigentes sindicais de todo país participaram das discussões na Polícia Federal.
A visita à capital federal serve ainda para várias reuniões na sede da Confederação Nacional dos Vigilantes - CNTV para discutir as alterações na portaria 3233/12 da Polícia Federal que regulamenta a segurança privada no país.
WMC Assessoria
A reunião foi presidida pelo diretor executivo da Polícia Federal, Rogério Galloro, que ocupa o segundo posto hierárquico da corporação, ao lado da delegada Silvana Helena Vieira Borges, titular da Coordenadoria-Geral de Controle de Segurança Privada (CGCSP).
Estiveram em pauta 32 processos contra bancos e 590 contra empresas de segurança, vigilância, transporte de valores e cursos de formação de vigilantes, todos movidos pelas delegacias estaduais de segurança privada (Delesp), por causa do descumprimento da lei federal nº 7.102/83 e das portarias da Polícia Federal.
As principais infrações cometidas pelos bancos foram equipamentos inoperantes, número insuficiente e falta de rendição de vigilantes no horário de almoço, transporte de valores feito por bancários, inauguração de agências sem plano de segurança aprovado e cerceamento da fiscalização de policiais federais, dentre outras.
Veja o montante de multas por banco:
Banco do Brasil - R$ 97.551,36
Bradesco - R$ 49.657,29
Caixa - R$ 39.016,29
Itaú - R$ 31.924,06
Santander - R$ 25.186,18
HSBC - R$ 14.187,65
Banrisul - R$ 10.642,06
Alfa - R$ 3.902,05
Total - R$ 272.066,94
"Essas multas comprovam que os bancos continuam atuando com descaso na segurança dos estabelecimentos", afirma Leonardo Fonseca, diretor do Sindicato dos Bancários de Belo Horizonte, que representou a Contraf-CUT na CCASP. "Os bancos olham a segurança como custo que pode ser reduzido para aumentar os lucros, em vez de cumprir a legislação e fazer investimentos para prevenir assaltos e sequestros e proteger a vida dos bancários, vigilantes e clientes", defende.
A CCASP é integrada por representantes do governo e entidades dos trabalhadores e dos empresários. A Contraf-CUT é a porta-voz dos bancários. A Febraban representa os bancos.
Foi a segunda reunião da CCASP em 2014. A próxima foi agendada para o dia 6 de agosto.
Agência de negócios do Itaú sem segurança
A Contraf-CUT denunciou as mudanças promovidas pelo Itaú, por meio das agências de negócios, retirando vigilantes e portas giratórias e colocando em risco a vida de bancários e clientes e da população que circula nos arredores dessas unidades.
"Alertamos para o descumprimento da lei nº 7.102/83 e a inobservância do artigo 111 da portaria nº 3233 da Polícia Federal, onde não se dispensa a necessidade de vigilantes, em razão da presença de bancários e da manutenção de caixas eletrônicos na unidade", destaca Leonardo.
O representante da Contraf-CUT lembrou a ocorrência de um assalto em uma dessas agências do Itaú em Londrina (PR), o que disseminou o medo e a insegurança, servindo de alerta para toda a categoria no país.
A Polícia Federal ficou de fazer uma análise da situação e emitirá um posicionamento até a próxima reunião da CCASP.
Fonte: Contraf-CUT
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